Artigos em Português / Portugiesisch
Exportações de armas ligeiras para Singapura, Coreia do Sul e EUA demonstram: As auto-restrições voluntárias da Heckler & Koch continuam insuficientes
Rotação do pessoal, nem fundos de vítimas nem conversão de armas: Contra-moções exigem a não aprovação das acções do Conselho diretivo e do Conselho
Fiscal da H&K AG Os accionistas críticos* apresentam 120 (www.rib-ev.de) perguntas sobre o desenvolvimento alarmante do grupo, também sob a direcção de Nicolas Walewski (CDE)
Friburgo/Estugarda/Colónia, 25 de Agosto de 2020. Por ocasião da Assembleia Geral Anual da Heckler & Koch AG (H&K) que terá lugar depois de amanhã, a união dos accionistas críticos* da Heckler & Koch exige, que o produtor de armas ligeiras não prejudique ainda mais a sua auto-imposta »Estratégia do País Verde« com novas excepções e inicie uma reviravolta no desenvolvimento da empresa.
Ruth Rohde, membro da direcção do RüstungsInformationsBüro (RIB e.V.), lamenta: »Até à data, a 'Estratégia do País Verde' se propagou principalmente para melhorar a fama da empresa, em vez de ser implementada de forma consequente. As exportações de armas ligeiras para Singapura e Coreia do Sul solicitadas pela H&K e aprovadas pelo Conselho de Segurança da Alemanha, no início de Julho de 2020, deixam as declarações anteriores sem ter sentido - segundo as quais a empresa apenas pretende abastecer a NATO, os Estados associados à NATO ou os Estados da UE«. Segundo o relatório da Amnistia Internacional sobre os direitos humanos, Singapura se encontra num permanente processo de des-democratização, os direitos humanos e civis continuam a ser violados e a pena de morte tem sido e continua a ser aplicada. A Coreia do Sul encontra-se em conflito militar com a Coreia do Norte, a qualquer altura poderão ocorrer confrontos violentos - então também com armas H&K. Além disso, o fornecimento aos países abarcados pela Estratégia do País Verde é mais do que contestável. A violência policial contínua nos EUA, por exemplo, recentemente predominou nas notícias.
As unidades da polícia americana também estão equipadas com armas H&K. »As actuais discórdias do pessoal não devem desviar as atenções do facto que se trata duma estratégia menos orientada pelos Direitos Humanos do que pela lucratividade«, resume Paul Russmann, Consultor da Associação »Viver sem Armas« em Etugarda. »Se a Heckler & Koch implementasse realmente a sua ‘Estratégia do País Verde’ de forma consistente, interditar-se-iam asi próprios as actuais excepções para Estados com uma situação precária dos direitos humanos.«
Jürgen Grässlin, Presidente do RüstungsInformationsBüro, Porta-voz da DFG-VK (Sociedade Alemã para a Paz - Opositores Unidos ao Serviço de Guerra) e da Cama und der Campanha »Aktion Aufschrei – Stoppt den Waffenhandel! (Acção Grito - Parem o comércio de armas!)« solicita em duas contra-moções que não aprovem as acções do Conselho diretivo nem do Conselho Fiscal. (ver https://www.heckler-koch.com/de/ir/ir-mitteilungen.html). »A rotação do pessoal continua sem controlo - enquanto a gestão de H&K continua a falhar flagrantemente ao nível ético e moral«, justifica e explica Grässlin. »A Heckler & Koch também ainda continua a se recusar a pagar a multa de 3,7 milhões de Euros devido à exportação ilegal de espingardas G36 para as províncias problemáticas do México, proibidas para transferir armas de fogo.
O mesmo sucede com o fundo de vítimas - ou como a própria H&K tinha proposto, uma espécie de fundo social - para as vítimas da sua política de exportação de armas. O mesmo acontece com a conversão de armamentos, a transformação para uma produção sensata e sustentável. O novo accionista principal da H&K, Nicolas Walewski do CDE, ainda não emitiu quaisquer sinais positivos. Até à data, os accionistas críticos esperaram-nos em vão. É precisamente por isso que apresentámos 120 perguntas sobre o desenvolvimento alarmante da empresa em todas as áreas principais.«
Os Accionistas Críticos da Heckler & Koch recorrem ao seu direito de fazer perguntas para confrontar os conselhos diretivo e o fiscal deste produtor de armas ligeiras, com as suas críticas acerca da prática empresarial.
Contra-moções de Jürgen Grässlin em nome dos accionistas críticos da H&K:
https://www.kritischeaktionaere.de/heckler-koch/gegenantraege-von-juergen-graesslin/, https://www.heckler-koch.com/de/ir/ir-mitteilungen.html,
https://www.gn-stat.org/portugu%C3%AAs/empresas/heckler-por/
Contacos:
- Jürgen Grässlin, RIB e.V. de GLOBAL NET – STOP THE ARMS TRADE, DFG-VK, »Aktion Aufschrei – Stoppt den Waffenhandel!«,
Tel.: 0761-7678208, Mob.: 0170-6113759, jg@rib-ev.de,
www.rib-ev.de, www.gn-stat.org, www.aufschrei-waffenhandel.de, www.dfg-vk.de
- Tilman Massa, Dachverband Kritische Aktionärinnen und Aktionäre,
Tel.: 0049-221-5995647, Mob.: 0049-173-7135237, dachverband@kritischeaktionaere.de, www.kritischeaktionaere.de
Tradução: Erika Weisser